sexta-feira, 29 de março de 2013

MAN - Steve Cutts

Gostei pra caralho desse vídeo, porque ele pega pesado com a relação entre nós e o pobre do Planeta Terra. assista e me diga o que pensa.
Sobre o cara que elaborou é um artista britânico que faz animações pessoais e trabalha para empresas. Ilustrador também, pensei que o perfil dele era voltado só para essa área de crítica, mas vasculhando lá pelo site oficial dele percebi a vontade de fazer animação e ilustração, sem esse foco exclusivo de crítica.
A música de fundo se chama Hall of the mountain king, é uma composição clássica, mas ficou fuderosa na versão do Apocalyptica, uma banda da Noruega, mas isso é outra coisa. Fiquem com o curta:

MAN - Steve Cutts



quinta-feira, 28 de março de 2013

Para bem governar


O livro de hoje é um clássico da política, do mundo dos administradores públicos, ou privados mesmo, o livro é O Príncipe de Maquiavel. Posso falar aqui de tudo já dito antes, como o porque de Niccolo Machiavelli ter escrito o livro, para quem ele entregou, a situação política de Florença à época da obra, mas nada disso me interessa, nem a você, pois tudo isso já foi dito exaustivamente em diversos lugares aqui da web, portanto vou lhe poupar dessa ladainha. E o que falar então de um livro já foi esmiuçado até a última letra, até o último pingo de tinta dos originais e diversas traduções pelo mundo? Vou falar do prazer de ler e reler essa obra, de trás para frente, do meio pro fim, ou para o começo, como preferir. Já li diversas vezes e de várias traduções, recomendo ler todas as possíveis, pois o texto apresenta sempre nuances e assim o as interpretações da se torna algo bem diverso. Não sei italiano para ler o original, deixa eu me corrigir, era um língua vulgar da época que viria a se tornar o italiano.

O Príncipe apresenta um panorama político indireto da Renascença italiana num período bem específico, mas por incrível que pareça a forma de governar mudou muito pouco, mudaram sistemas, mudaram personagens que entram e saem do cenário político, mas o interesse principal permanece o mesmo: o poder. Maquiavel percebeu isso com toda sua experiência, ele sabia que o interesse do governante é o poder, e a manutenção dele, ao invés de benfeitorias para o povo, para os governados. Tudo ao alcance dos administradores públicos será feito para se manter no alto, no topo da cadeia alimentar política, alianças, traições, mentiras, maquiar a verdade, criar leis temporárias para apaziguar uma situação e depois revoga-la, nada em benefício do povo, tudo em benefício do homem que não deseja sair de cima. É sobre isso que fala a obra, leia e vai perceber como é comum daquele princípio de forma               “moderna” de governar e de como é levada a cabo a política hoje, somos sempre tratados como peças em um jogo que não sabemos para qual lado está indo. Então leia essa obra e me diga: acertei em meu julgamento dela? Se é que há um acertar.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Não existe mulher feia


Andei pensando esses dias, ainda faço isso, é verdade. Observei as pessoas a meu redor, por onde andei olhava para os outros e percebi, não há mulher feia. Oh meu deus que observação fantástica você deve ter pensado com ironia, mas vamos aos fatos mais conhecidos: existe um padrão de beleza estabelecido e para chegar nele é custoso, surreal e completamente fora da capacidade da maioria das pessoas. É um padrão de beleza que apenas modelos e photoshopadas conseguem e mais ninguém. Porém observando as mulheres comuns, que pegam ônibus, vão ao trabalho, comem em shopping centers e tomam cerveja em bares, além das centenas de outras variações de mulheres comuns, vi que todas elas eram olhadas por alguém com certo interesse, seja sexual, paquera, esquema, qualquer coisa que não fosse amizade. Ela podia ser gorda de ter uma cintura estilo urso panda, ou magra com cintura estilo linha, podia ter peitão ou não ter nenhum, podia ser ter uma carranca ao invés de um rosto ou uma face esculpida a mão por deus, mas nenhuma delas escapava ao olhar de um homem, percebi que havia sempre um homem olhando com interesse para uma mulher. Além disso quando saio para as noites daqui de Recife vejo nos bares e botecos que frequento mulheres que passam muito, mas muito longe mesmo, dos padrões de beleza e conseguem viver muito bem sua sexualidade e seu romantismo. Foi aí que percebi como uma revelação, não existe mulher feia, nem um pouco, existe é um bocado de gente querendo forçar uma estética e um padrão que não pode conseguirá nunca enquadrar todo mundo da humanidade. Outra coisas que percebi, além da observação, é o desejo e o tesão, a paixão e o amor, entre um homem e uma mulher, isso faz toda a diferença  na vida dessas pessoas, independente dos ditames da moda e da mídia.

terça-feira, 26 de março de 2013

Visuais e Sonoros


Hoje trago para vocês uma banda de Goiania, lá no sul do país, parece até que aquele lugar é um celeiro para banda de rock, e quando falo rock é cacete, psicodelia e coisas afins, não é essa porcaria de emo e happy rock...mas deixa eu voltar pro assunto. Os caras são de 2007, pelo menos o primeiro cd oficial, não conheci de antes pois o primeiro contato foi com o clipe da música My Favourite Way, muito foda, a animação é feita pelos próprios músicos da banda, eles têm um estúdio chamado Bicicleta sem freio que produz muito material visual para o cenário independente de música. Essa banda faz um som chamado de Stone rock, coisa na linha do Queens of the Stone Age, é um rock cru, direto, muito bem tocado e com muita força, é rock pra beber e foder, tem que ser ouvido alto e sem restrições. As letras são todas em inglês e remetem a esse estilo rock de viver, com muito som, muito álcool, muito sexo. Ainda não tive a oportunidade de vê-los por aqui por Recife, mas quando vierem para minha terrinha apareço com certeza!
Recomendo para quem quer rock de verdade, ouçam abaixo duas das músicas que mais gosto e tirem suas conclusões e visitem a página oficial deles aqui.

Black Drawning Chalks - My Favourite Way

Black Drawning Chalks - Red Love



segunda-feira, 25 de março de 2013

Rock? É Roll?


Preferimos ouvir músicas de artistas que não irão lançar mais nada de novo a procurar novidades no rock hoje. Porque somos assim? Porque cultuar o som de grandes bandas de rock que não mais farão mega shows nem irão trazer novidades sonoras, bastando a gente se contentar com eventuais bandas covers ou um bocado de velhos tocando seus instrumentos sem a mesma energia de quando estavam com todo o gás em cima do palco? Negar que o rock de hoje seja bom e ter resistência a ouvir novos sons, será esse o caminho? Creio que não, dentro do cenário atual há muita coisa boa tocando, influenciados fortemente por aqueles movimentos setentistas, ripongas e tudo mais, porém com outras influências, com outras experimentações, com outras temáticas nas letras. O rock antes era rebelde, era forte, era uma máquina de movimentar a sociedade, hoje ele serve para vender tênis e roupas. Foi domesticado. Mesmo quando ouvimos hoje as bandas daqueles tempos idos não temos a mesma reação. Curtimos o som, ouvimos as melodias, admiramos as técnicas com os instrumentos, mas não pensamos mais em lutar para mudar o mundo, apenas queremos tomar cachaça, comer algumas mulheres e talvez até usar drogas, mas não passa disso. Quando ouvimos o rock da grande mídia queremos ficar tristes pelos cantos, ou ser mais um cara “descolado”, mas sem conteúdo algum. As bandas que tocam por fora da grande mídia ainda trazem essa resistência ao modelo estabelecido de indústria da música. Será que ainda há esperança no rock? Será que ele já não se vendeu o suficiente? Espero que não.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Super heróis


Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Quem não sabe de onde é essa frase não gosta de super herói, nem de história em quadrinho, mas para quem gosta recomendo um filme p(f)oderoso chamado “Poder sem limites” ou “Chronicle” no original. Não tem atores conhecidos nem romance, é um filme de heróis mas sem essa frescurada toda de salva o mundo e ficar com a mocinha no final só para comer um priquitinho e pagar de gostosão. Não tem nada disso, por esse motivo é um filme capaz de fazermos ganhar algumas horas na frente da tela. O mote é bem básico, mas pode ser levado além do apresentado na tela, três jovens entram em contato com um objeto desconhecido num local próximo a uma rave onde os três estavam. Após isso eles são capazes de utilizarem-se de telecinese (habilidade de mover objetos com a força da mente), essa habilidade aumenta com o uso e o treino. No começo é tudo alegria, mas o aumento do poder começa a mexer com a cabeça de um dos três, daí pra frente é só o desenrolar da trama.
O mote que parece bem besta nos levar a refletir: se realmente tivéssemos esse poder sobre humano? Se realmente existissem tais capacidades como agiríamos? Posso dar meu palpite: se sem esses poderes, apenas com dinheiro e muita influência, muita gente fode com a merda toda deixando muita gente com nada e uns poucos com todas as possibilidades imagina se essa mesma turma fosse sobrenaturalmente poderosa? Ou o contrário, aqueles que tanto desejam esse poder e dinheiro todo fossem os primeiros a despertar as habilidades “heroicas” qual o tamanho do massacre advindo disso?

Sim, ia esquecendo outra coisa muito importante, as câmeras são um espetáculo a parte, mas só assistindo para perceber a originalidade.
Abaixo o trailer para quem ficou curioso:

quinta-feira, 21 de março de 2013

Sonhos de Revolução



Não podia deixar de falar desse livro: O Exército de um Homem Só de Moacyr Scliar. Fantástico, somente isso, fantástico, como prometi a você, só vou falar aqui nesse blog daquilo que gosto e acho justo ser repassado. Essa é a história do Capitão Birobdjan, um cara que sonha em construir uma sociedade ideal, a narrativa traz toda a trajetória desse homem que foi um rebelde na juventude vivendo uma sociedade completamente alternativa, casou-se, amadureceu, construiu um império empresarial e levou tudo para o ralo por causa de um rabo de saia e o imortal sonho de uma sociedade justa. Será que ele jogou para o ralo mesmo? É justamente isso que Moacyr traz para quem lê o livro, até onde podemos ir? O que podemos suportar? O que não é loucura nesse mundo de tantos caminhos pré-traçados? Vale a leitura para quem critica o comunismo, para quem é simpatizante. Entendi o livro como uma sátira bem humorada àqueles sonhadores, desejosos da criação de uma nação perfeita, um Estado justo, ou nenhum Estado. Se você já leu Memórias póstumas de Braz Cubas vai notar certa semelhança dos personagens por causa da ideia fixa, aquele verme que vira e mexe devora pouco de nosso juízo guiando cegamente nossos passos em direção do único objetivo de nossas vidas, seja esse objetivo a criação de uma sociedade perfeita, seja ele ser o rabo mais famoso do Brasil.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Ascedência


Muito se discute para o fim do preconceito e vemos diversos posicionamentos, uns a favor, outros contra, cada um com seus argumentos. O preconceito a que me refiro aqui é o “racial”, ligado à cor da pele. Existem diversas leis no Brasil criminalizando a discriminação ligada à cor da pele. Concordo parcialmente com esse tipo de conduta legal, concordo com a parte mostrando à sociedade como é danoso você colocar alguém à margem da sociedade apenas por causa de uma característica física, independente qual atributo seja este, porém é justamente essa a falha, ao privilegiar um grupo, protege-lo legalmente você coloca os outros numa situação delicada, surgindo o medo de se expressar. Forçar a consciência através do poder da lei cria conflitos dentro da sociedade levando o preconceito para debaixo do tapete, algo corrente nos tempos atuais, ou pode alimentar uma raiva mascarada que cedo ou tarde pode terminar numa explosão violenta, como uma panela de pressão sem válvula de escape, virá uma explosão precedida de pequenos surtos de conflitos violentos.
Para acabar com esse separatismo dentro da sociedade, os brancos, ou “clarinhos”, de um lado e os negros, ou “morenos” do outro poderíamos atentar para um fato bem simples: os negros são chamados de afrodescendentes por virem de matriz africana direta, alguns misturados aqui e ali com índios e/ou europeus, mas ainda assim um lado do sangue é plenamente negro. Mas se analisarmos com mais inteligência e visão histórica veremos que todo ser humano é afrodescendente em alguma instância, pois estudei história e até o presente momento não foi encontrado nenhum vestígio de primeira ocupação humana mais antiga do que na África, de lá irradiou toda a humanidade para ocupar o globo. Portanto todos somos afrodescendentes em maior ou menor grau, todos têm um pouco de sangue negro nas veias, independente de sua origem recente, independente de conseguir lembra até sua 13
ª geração ascendente, haverá aqui ou ali um pouco de sangue negro. Portanto criminalizar é uma forma mais rápida de execrar o preconceito, mas uma forma errônea e com resultado duvidoso a longo prazo, educar e mostrar a importância da matriz africana na nossa vida e apresentar com argumentos mais inteligentes e menos emotivos toda a nossa origem é um resultado que a longo prazo surte o efeito desejado: reconhecer todo ser humano como igual independente de sua cor de pele.

terça-feira, 19 de março de 2013

Rock sem voz



Boa noite vaidosos, hoje trago para vocês uma banda chamada Camarones Orquestra Guitarrística, é um pessoal muito bom lá de Natal e surgiram no boom da nova cena independente no Brasil, porém não apareceram apenas porque são muito competentes em cima do palco, mas porque o são fora também. Correm na frente do almejado, fazem sua propaganda, o material para vender nos shows, a produção e todo o necessário para uma banda aparecer e ser curtida por milhares de pessoas.
Falando agora do som, conheci por acaso vasculhando material novo de qualidade na web, a ideia inicial deles era fazer trilha sonora de jogo de videogame, mas disso foram além fazendo rock’n’roll de muita qualidade mas sem nenhuma letra, toda a mensagem vem através dos riffs, acordes e cacetadas na bateria, composto por uma turma bem mesclada o show é um espetáculo a parte, tive a oportunidade de sacar ao vivo no Burburinho aqui em Recife, e se perguntou “Vale a pena?”, sim vale e muito, muita energia em cima do palco, alguns arranjos e improvisações não presentes no cd e muita, muita simpatia.
A notícia boa: o material tá todo na web para baixar e tem cd novo no forno, pode entrar aqui e conferir as notícias direto da fonte, o site oficial deles.

Abração e ouçam!

Camarones Orquestra Guitarrística - Alabama Mama

Camarones Orquestra Guitarrística - Com a Água no Pescoço


segunda-feira, 18 de março de 2013

Entre o café e o próximo relatório


Tirinhas fazem parte daquelas ferramentas da arte que nos divertem e abrem nossos olhos. Divertem porque o conteúdo da maioria delas, sem medo nenhum de errar, são de humor. Boa parte delas tem aquele sarcasmo capaz de te fazer rir, por mais sarcástica e politicamente incorreta que seja a piada. Apenas as melhores delas trazem uma dose pesada de ironia capaz de fazer pensar além rir, e aí é a iluminação abrindo seus olhos, fazendo uma diferença no seu pensamento. Mas para a tirinha ser boa ela precisa de outra coisa: um traço inconfundível, sabe, aquela coisa que você bate o olho e diz foi Dahmer que fez, ou foi o Ruas, sem isso a tirinha não tem muito valor, fica igual aos memes, moda passageira, pleonasmo infeliz. Não tenho ideia de onde começaram as tirinhas, mas na web é muito fácil encontrar blogs de artistas que levam a sério a arte de fazer sorrir e pensar, pois não é meramente divertir, nem apenas conscientizar, mas satirizar, ironizar a vida, que já é hardcore, trazendo um lazer inteligente. Nesses tempos loucos, de extrema velocidade elas cabem entre a xícara de café e o próximo relatório para entregar ao supervisor.

Ps.: Mais alguns artistas que curto muito são o Gus Morais, o , o Dr. Sólon e mais um bocado que não consigo lembrar agora.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Vampiros e essas novidades de chupar sangue


Boa noite vaidosos, a recomendação de hoje é de um filme fundamental para quem gosta da temática vampiresca, chama-se “Entrevista com o vampiro”, ele primeiramente era um livro de mesmo nome criado por Anne Rice, a rainha dos vampiros, senhora da noite a por aí vão suas alcunhas talhadas por seus fãs. A trama é bem elaborada contando a história de Louis, um homem vampirizado no século XVIII nos Estados Unidos, rico agricultor, mas desesperado após a morte de sua esposa. Ansiava a morte se metendo em todo tipo de situação para ver se alguém era capaz de mata-lo, já que ele não era capaz disso. Conhece um homem chamado Lestat, um vampiro muito esperto e interesseiro responsável pelo nascimento sombrio, leia: vampirização. A trama então vai explicar como Louis encarou essa sua nova situação nos duzentos anos seguintes através de um repórter que o conhece no século XX e pede para narrar sua história, pois esse repórter tem o costume de escrever a história das pessoas comuns, não sabia que havia adentrado no covil de um vampiro e ouviria a história mais fantástica de sua carreira de jornalista. Gostei muito do livro e intensamente do filme, a fidelidade da película ao material escrito é absurda! Você nesse filme verá um vampiros de verdade, nada dessa putaria de vegetarianismo do Crepúsculo, você vampiros realmente entregues à maldição, amantes da imortalidade e sem essa frescura de se apaixonarem pelo seu bife, eles são imortais, belos, predadores. Para quem gosta de vampiro de verdade, seguindo os mitos, gostará desse filme. Recomendo também ler o livro, pois é de uma beleza estonteante. Recomendo também ler os livros da autora que criou um mundo todo particular com os personagens, chamados de Crônicas Vampirescas abrangem o Louis, Lestat, Claudia, Armand e por aí vai. Procurem e leiam, assistam, aprendam! abaixo está o trailer só para dar um gostinho.


quarta-feira, 13 de março de 2013

Saudosimo


A estranha sensação de que nos tempos anteriores ao presente o mundo era melhor assombra qualquer um que vai ganhando anos na vida, percebo as pessoas ao meu redor perdendo o viço da juventude e começando a entrar nos anos tardios, chegando aos trinta e comentando, bom era no meu tempo. Não concordo com esse tipo de pensamento, nem um pouco, bom nunca foi antigamente, senão ainda estaríamos nas cavernas, ou até antes disso, só é fazer um processo de regressão simples: primeiro você diz que bom era no seu tempo, depois seu pai diz isso, e o pai dele, e assim sucessivamente até chegarmos ao primeiro homem que foi capaz de falar e disse: caralho como era ruim eu não poder falar antes e sair desse atraso, agora fudi a humanidade inteira pensando que bom é o meu tempo! O passado é bom para lembrar, tirar lições e não errar igual, usar ele como lugar seguro onde tudo era melhor do que hoje é puro saudosismo e medo do presente, terror do futuro, algo inexistente por sinal. Se analisarmos com um pouco mais de frieza, no passado não sabíamos metade do que sabemos hoje, não tínhamos metade do conhecimento que temos hoje e muito menos a liberdade de ir e vir que a idade proporciona, éramos mais inocentes, consequentemente levamos mais rasteiras da vida do que somos capazes de levar hoje. Portanto o bom é o agora e como o usamos, como aproveitamos e criamos as oportunidades para sempre estar melhor do que antes, sofrendo menos, sabendo mais, nos relacionando melhor. Aí vai aparecer aquele último saudosista de plantão dizendo que o mundo era menos violento, menos corrupto e mais justo, não tinha esse índice todo de assaltos e blá, blá, blá, mas olhe com um pouco de inteligência para os meios de comunicação de tempos passados, menos de um terço das famílias do Brasil, e aqui estou tomando apenas nosso país como exemplo, tinha televisão, portanto a velocidade com a qual as notícias ruins chegavam era menor, portanto o sentimento de impunidade e violência era menor, os políticos eram menos descarados do que agora, nenhum Sarney choraria na posse de um Renan Calheiros, emocionado com o mais novo parceiro lá dentro. A gente só sente mais a injustiça e a violência por que os meios de comunicação estão mais eficientes em divulgar nossas desgraças. Então deixe de saudosismo! Se quiser o presente tão bom quanto o passado se mexa velho de vinte anos.

terça-feira, 12 de março de 2013

Otto


Lembram de terça ser o dia da banda aqui no blog? Bem, hoje trago para vocês um homem, pois cantores também são bandas, se aliam a ela para produzirem seus sons, passarem sua mensagem através da música. Hoje trago um cara chamado Otto, pernambucano, mundial. Sua música traz para quem ouve um misto, novidade e exige de seu ouvinte capacidade de absorver, certas vezes o incompreensível, outras o brega, em alguns momentos o som dos terreiros, mas sempre, sempre mesmo boa música, já foi músico da Chico Science e Nação Zumbi, já tocou com muita gente desta terra de onde escrevo, mas encontrou seu caminho na carreira solo, escrevendo e colocando para o mundo suas ideias, com toda a força que elas têm. É um dos caras mais loucos, sonora e ideologicamente falando, que já conheci, suas letras hora são belas melodias declarando seu amor a uma mulher, em outros são louvações as suas divindades do candomblé, em certos momentos são versões de caras como Roberto Carlos ou Odair José, portanto se você for ouvi-lo, e recomendo que ouça, faça isso com sua vontade de experimentar a 100%, pois é diversão e crescimento poético garantidos. Abaixo seguem duas músicas dele que são fundamentais para conhecer seu trabalho.

Pra ser só minha mulher

Ciranda de Maluco

segunda-feira, 11 de março de 2013

Quanto você precisa para viver?


Acredito que seja fato corriqueiro para a maioria dos brasileiros comentar sobre salário, reclamar que tá pouco e as contas sempre atrasam porque pagam menos do que a gente merece. Não discordo disso, nem um pouco, mas acrescento: eita povo pra gastar mais do que ganha! Pense numa turma para colocar nos débitos mais do que as receitas. Até aí tudo bem, desequilíbrio financeiro parece rotina no Brasil, mas como tudo sempre pode ficar pior aparece aumento no pão, na carne, no feijão e por aí vai. E nossos deputados, vereadores e administradores públicos em geral precisam repor esse déficit de receita, aumentam o próprio salário. Vou citar apenas o exemplo da cidade vizinha: Olinda. Os ladrões, quer dizer, vereadores, ganhavam míseros sete mil reais(R$ 7.000,00) para exercerem a função de pessoas interessadas apenas na administração pública e no bem do povo. Como esse dinheiro pode ser chamado de “migalha”, resolveram aumentar o próprio salário para doze mil reais(R$ 12.000,00) ora, se com sete mil já era difícil de imaginar como gastar então com doze o que faço? O pior é o apoio da lei para esse tipo de comportamento e a leseira do povo para essa situação. Me responda caros leitores o que se pode fazer com o salário mínimo de R$ 678,00 mais descontos? Chorar num é?

sexta-feira, 8 de março de 2013

Filme do dia - Repo, the Genetic Opera


Sei que boa parte do público de filmes tem resistência ou raiva mortal de musicais, mas esse você tem que assistir. O filme se passa em um futuro alternativo onde as pessoas podem simplesmente comprar um novo órgão fabricado a partir de seus próprios genes, porém algumas pessoas não tem condições de pagar pela aquisição do novo órgão e tem que ir para a faca novamente, mas dessa através de Repoman, um carrasco que trabalha para a companhia detentora do monopólio de fabricação dessas novas peças de reposição. Aparentemente é bem clichê o roteiro, mas rola uma trama com a filha desse Repoman, que não sabe que ele é o responsável pelas mortes que aterroriza a sociedade e ela tem uma ligação mais forte além dos laços familiares e o passado do pai dela que envolve o alto escalão da empresa, mas não direi mais do que isso senão vou acabar liberando informações que comprometem a diversão de quem não gosta de spoilers. Outra coisa que gostaria de salientar é a ambientação do filme, ele é completamente cyberpunk e as músicas são todas voltadas para o rock com pegadas metal, numetal e heavy metal. Para quem gosta de cenários bem sombrios, música com influência rock, ou o próprio rock, e cinema esse filme é perfeito. Assista, dê uma chance aos musicais e veja que podem ser divertidos.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Uma cerveja barata e um lanche rápido



Resolvi trazer para vocês hoje o livro que me colocou em contato com Charles Bukowski, á a obra dele Misto Quente. Difícil foi parar de ler desde a primeira até a última página, daqueles livros bons e fáceis, sem arrodeio, sem frescura. Infelizmente hoje não estou aqui com ele para poder colocar as citações que marquei lá de caneta preta, pois para mim livro não é um objeto sagrado para ser preservado das marcas de seus donos, a gente deve deixar nossa marca, Misto Quente vai mais ou menos por essa linha. Pelas críticas soltas na web sobre esse livro a maioria, senão todas, afirmam que ele é autobiográfico, na verdade boa parte da literatura desse autor norte americano é dessa forma, mas não dá para saber onde é literatura(invenção) e onde é biografia, pois o livro narra a história de Henry Chinaski, um cara que é azarado, nasceu no lado pobre da civilização, sem oportunidades, sem perspectivas e com uma bocado de amigo perdedor, ele até chegar a imaginar que possui um imã para atrair esse tipo companhia. O leitor acompanha da infância à fase adulta dessa personagem e todos os percalços pelos quais passa, seu envolvimento cada vez mais pesado com o álcool como cano de escape e meio para interpretar a realidade, sua relação com as putas baratas e a vida suja do baixo meretrício, os trabalhadores que fazem serviço braçal por poucos dólares, o suficiente para pagar uma cerveja barata e um misto quente com cheiro de barata. Sabe aquele livro que lhe mostra uma realidade suja sem lhe poupar, com palavras chulas e divertidas, muito bem colocadas no contexto da história? Pois é, o livro é esse. Depois desse li mais alguns do mesmo autor, mas tive que segurar a onda, porque cada novo livro, cada novo conto, cada nova poesia você sente mais sede de álcool, parece a mística do autor e sua vida devassa, não devassidão de sexo, porque ele mesmo revela que não era tão chegado nisso, mas a devassidão da vida vadia envolvida com todo tipo de gente. Portanto se pretender ler se prepare para querer beber um bocado com boa literatura marginal. Dizem por aí que ele foi o último escritor maldito do século passado. Parece mais um mito...

quarta-feira, 6 de março de 2013

Dependência Sonora


Gosto muito de ouvir música, e mais que isso, gosto muito mesmo de pesquisar novos sons, novas bandas, novidades, não é a busca da novidade pela novidade, mas pelo filtro de conhecer artistas que não aparecem na grande mídia mas tem um talento invejável, boa inveja claro. Navego por sites como Musicoteca e trama virtual, sites que indicam caminhos para a nova música independente, ou dependente, já que todos dependem de dinheiro de alguma forma e de público para continuarem existindo. Também tem um blog chamado Bodega do Léo que divulga as bandas independentes daqui da região. Todos são exemplos de que é possível encontrar boa música, basta escavar as entranhas da web e ir pulando de link em link até achar algo que goste de ouvir. Particularmente tenho forte preferência pelo rock, tanto que se me chamar de rockeiro confirmo que sou mais ou menos rotulado a isso, porém o tal do indie não me desce, talvez pela forma da música ou pela temática cabeça demais de um bocado de barbudinho metido a inteligentes, ou a imensa falta de pedais e música dançante, daquelas que nos três primeiros acordes você já está batendo o pé e pensando seriamente em ir para o meio do salão. Portanto, se quer ouvir boa música não dependa de MTV ou qualquer dessas emissoras vinculadas a patrocinadores, vá atrás daquilo que gosta, é muito mais certo encontrar o que gosta.

terça-feira, 5 de março de 2013

Máfia, música e mistura



Boa noite vaidosos, a banda que trouxe para vocês hoje é uma experiência sonora e visual. A turma do BabiJaques e os Sicilianos são um espetáculo a parte ao vivo. Antes de sacar o som deles tinha ouvido falar bastante através de alguns amigos e de um ou outro blog na web, porém quando tive a oportunidade de vê-los e ouvir pela primeira vez na Torre Malakoff, um lugar com foco cultural aqui na cidade, decidi assim que chegar em casa procurar sobre eles o que pudesse. São um grupo que além de fazerem boa música com influência dos anos 50, frevo, rock, blues eles também se preocupam muito com o cenário e a performance no palco. O público que tem a oportunidade de assistir um show deles sente-se transportado para o mundo fictício que a banda criou chamado de Nostrife, uma realidade onde eles são os mafiosos da Coisa Nostra, uma adaptação da máfia italiana a Cosa Nostra. Gostei bastante da proposta como um todo, das letras das músicas e do histórico de alguns membros, porém o que me chamou mais a atenção foi o batera Alexandre Barros, o cara tem circulado bastante pelo que vi, até li um artigo que ele escreveu para uma revista chamada Continente que sou habituado a ler e trata de cultura de uma forma geral com o foco em Pernambuco, mas deixa eu voltar para a banda senão me empolgo. A Babi Jaques está com um EP rolando na web, O nome é a Lágrima do Palhaço, para quem quiser ouvir, dá uma procurada no link deles que coloquei ali em cima, baixa e ouve, mas entra também no myspace que tem umas três música que não estão no EP e são boas também, se puder ir para um show vá.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Informar, como?


Como a política pode se tornar interessante para a nação? Alguém sabe responder isso? Provavelmente não, virão várias opiniões de como fazer isso, mas tenho quase certeza que boa parte delas serão apenas pessoas com bom conteúdo político, mas cem nenhuma ideia concreta de como chegar ao povão, na parte mais baixa das classes sociais e que mais sofrem pela desinformação política. É fácil adquirir conhecimento político e noção de classes, fácil também saber como funciona o mecanismo de criação de leis e essa baboseira toda realizada pela classe política apoiada pela camada rica da população, do povo. Difícil é saber como criar mecanismos capazes de levar essa informação à parte mais pobre, fazê-los entender que o salário mínimo é uma esmola, que o transporte público deve ser conservado por nós, assim como as praças e escolas, pois não adianta reclamar que a cidade enche em dias de chuva enquanto permitirmos que a má educação civil nos faça entupir as canaletas com nossas latinhas de refrigerantes e garrafas plásticas. Talvez mostrar a importância de estudar e ser cordial, gentil e não acomodado, talvez tratar melhor as pessoas com menos conhecimento e utilizar de uma linguagem mais fácil no trato com essas mesmas pessoas, talvez exigir de nossos governantes que eles melhorem as condições das escolas e parem de dar tanto dinheiro a empresário e a artista preguiçoso. Existem tantos talvez, ou a soma de todos eles para a solução, tornando difícil dizer efetivamente como agir. Não digo fazer minha parte escrevendo isto aqui e publicando, pois não acredito em trabalho de formiga, apenas em trabalho de coletividades.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Curta do dia - A Saga de Bjorn

Inaugurando as postagens de sexta onde frequentemente trarei curtas metragens trouxe para vocês a Saga de Bjorn, um curta muito bem humorado sobre essa questão de fé e até onde ela pode te levar. Aqui há o retrato da saga final de um viking buscando o descanso eterno para sua alma, mas um descanso bem no estilo de sua cultura com muita cerveja e brigas de homens brutos e loucos por esse estilo de vida. Dá para tirar um bocado de conclusões e tal, mas isso deixo para vocês!