Amar é coisa sem reservas. Em casa
você tem um botijão de gás reserva, um garrafão de água mineral sobressalente,
um outro rolo de papel higiênico, no trabalho o backup dos arquivos, a outra
caneta, dois blocos de nota, um segundo pendrive, mas no amor não. Bocetas,
rolas, cus, existem aos montes, outras bocas, outros corpos, mas outro amor
não. Você não ama igual, cada amor é um, sem reservas, sem comedimentos, sem
vergonhas. Não existe o outro sobressalente, isso é no trabalho onde todo mundo
é substituível, mas na vida pessoal, no arrepio que sobe pelo pescoço, no
sorriso que desarma, na ereção repentina, no cheiro único de um perfume
encontrado em qualquer loja temperado com o suor daquele único corpo não há
substituições.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Era isso, ela tinha o melhor
boquete de toda a cidade. Minha rola já conheceu muitas bocas. Com dentes, sem
dentes, apenas língua. Murcha, grande, maquiada, com batom vermelho e com batom
preto. Com cárie, branca depois do clareamento, depois de um freegells, depois
de um pirulito, mas nenhuma, nenhuma boca superava a forma como ela engolia meu
pau. A conheci como conheci diversas outras, por amigos de amigos, a gente
conversou um bocado na primeira noite, depois trocamos número de telefone e nos
bandeamos para um bate papo mais íntimo, pelo celular, sem ouvidos alheios ao
redor. Trocamos fotos pelados e insistia em querer foder sua boceta, mas ela,
puritana toda, dizia que antes do casamento não. Caralho eu pensei, de onde vem
esse tipo de alienígena? Lá pelos meus quinze ainda tinha quem dissesse isso,
mas agora, no alto de meus trinta anos, não havia mulher a dizer isso. Aí eu me
ouriçava todo e perguntava, como tu me manda essas fotos deliciosas mas não
quer dar? A resposta simples, isso não tira cabaço. Porra mulher e agora como a
gente se resolve? Fácil, te dou meu cu. Ah cu não, isso é coisa de viado, se eu
quiser cu pego um fresco qualquer daqui e enrabo. Então deixa eu te chupar e tu
desiste fácil da minha boceta. Eu ri, ri muito, embolei de rir no sofá assistindo
guardiões da galáxia. Eu disse só se tu vier agora e me convencer. Não deu meia
hora ela estava na minha porta, num carro alugado, não era táxi, transporte
particular pago, carona on line. Vocês sabem o nome. Mandei subir, ela entrou e
nem me deu boa noite, me empurrou contra o sofá, puxou cueca abaixo e fez o que
nenhuma mulher tinha feito, nem as putas mais caras me fizeram gozar tão bem. Caralho
que boca era aquela. Ela me chupou três meses, nove dias e vinte e seis
minutos, depois disso sumiu. Porra! Desde então broxo em todos os boquetes.
Nenhuma, nenhuma mulher mesmo tem aquele poder, acredito que Lovelace era uma
amadora perto dela.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
ela fodia como uma psicopata
sem remorso
sem história
pensando na próxima foda
sem limites
sem regras
gozando na minha rola
ela me devorava todo
me enfiava todo
em todos os lugares
não era acrobata
não tinha talentos circenses
ela apenas me fodia todo
me comeu
me cuspiu
me usou
caralho como corro atrás dela
ela me olha e diz
você não é de nada
amo a liberdade sexual dos tempos novos
é uma delícia dar liberdade
e assim receber liberdade também
se todas as mulheres fossem tão sem pudor
quanto essa devoradora o é
seríamos um mundo muito mais feliz
sem remorso
sem história
pensando na próxima foda
sem limites
sem regras
gozando na minha rola
ela me devorava todo
me enfiava todo
em todos os lugares
não era acrobata
não tinha talentos circenses
ela apenas me fodia todo
me comeu
me cuspiu
me usou
caralho como corro atrás dela
ela me olha e diz
você não é de nada
amo a liberdade sexual dos tempos novos
é uma delícia dar liberdade
e assim receber liberdade também
se todas as mulheres fossem tão sem pudor
quanto essa devoradora o é
seríamos um mundo muito mais feliz
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Perdi o caminho de casa e acertei
um bar. Acabei de dizer que perdi o caminho de casa e acertei o caminho de
casa. Casa é o bar, a outra, onde tem aquele monte de porcaria que comprei, é
um depósito. Acertei a casa e errei o depósito. Saí da loja de departamentos
com fardas, livros, contrabaixo, videogame para o cabaré. Eita porra, cabaré
não, igreja, onde tudo o que é mais sagrado dorme. Na verdade a casa é onde
mora nosso coração, acho que tem um livro famoso e abestalhado dizendo isso em
algum lugar. Meu coração mora dentro de um copo e a garrafa é o corpo onde
guarda meu sangue bombeando qualquer merda alcóolica responsável por manter o
raciocínio ativo. Mas eu comecei falando que errei o caminho de casa e acertei
o do bar. Deixa então dar loop infinito nesta merda. É isso dentro do bar, você
pede um vinho e depois da terceira garrafa de vinho parece que ela fica
enchendo sozinha, o líquido seca e sobe seca e sobe seca e sobe seca e sobe
secoapihiofanisanofgaouhfmkam foifh oiafhiaof oisfioas f e aí já é de manhã. Você
paga uma conta superfaturada e não sabe mais como contar o troco e o dono do
bordel diz que o táxi tá caro mas a roupa tá suja quando você não está na sua
casa e é noite merda sai daqui caralho desce outro copo e uma hora você tá
sóbrio de novo e o céu não está mais rosa e desce outra dose pode ser desta
merda e acho que alguém já escreveu assim antes e você erra o caminho de casa e
acerta o do bar. Na verdade. Bem, caralho com a verdade.
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