Não sei vocês, mas eu gosto de filme estranho e
gosto da Nicole Kidman, então A Pele é um dos melhores com essa combinação. Os
elementos dessa obra são bem esquisitões, temos uma dona de casa dos anos 50
vivendo uma vida normal, um vizinho misterioso chega para morar na porta em
frente a seu apartamento, uma família que não reflete o estado de espírito
dela. Some tudo isso a um desejo dessa dona de casa em mudar sua vida. Pronto
temos aí a receita do bolo. Nicole Kidman interpreta uma fotógrafa norte-americana
chamada Diane Arbus, especializada em clicar o bizarro, o estranho, o incomum e
o filme tenta argumentar de onde surgiu essa vontade de olhar para onde ninguém
mais olhava. O vizinho dela é Robert Downey Jr., ou Lionel, um homem
completamente peludo, fruto de sua doença, a tricotomia. Os dois vão se
envolvendo em um romance estranho e intenso, mudando a vida dela e lançando-a
para o seu melhor, olhar para o belo onde todos só veem imperfeições. A
fotografia do filme, os diálogos, as argumentações são capazes de deixar
abestalhado o mais céticos dos críticos. A narração do filme é lenta, então se
você só consegue assistir milhões de efeitos especiais esse filme não é para
você, mas se quiser arriscar e ver se é capaz de acompanhar uma história presa
a detalhes e intimidades. São duas boas horas de lazer em frente a televisão,
ou monitor de computador, gastas vendo uma romantização do início da carreira
dessa estranha fotógrafa.
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