Escrever é exercício diário, não
bastando uma, duas ou três vezes na semana para se chegar ao ponto que se quer
na escrita. É mais exercício e estudo do que inspiração. Não estou negando a
inspiração, ela existe, há sim uma força motora das ideias, porém não adianta
se inspirar, inflar-se e colocar para fora sem alguma técnica, sem algum
conhecimento de causa. Para o futuro escritor é necessária muita dedicação e
vontade de verdade de colocar no papel aquilo que se tem na cabeça. A forma
como se colocar é fundamental, não só a forma pela forma, mas a aliada à
técnica, ao traquejo com as palavras, ao conhecimento do tema tratado e a certo
talento que muita leitura e dedicação de anos conseguem dar a quem escreve. Bem
utilizar as palavras é trabalho sério e cansativo, deve-se suar para chegar ao
resultado esperado, pois pelo que sei nenhum texto nasce pronto, ele sempre vem
como carcaça, como fantasma do texto original que ao poucos o artífice das
palavras vai preenchendo com carne, vísceras, músculos e o tudo mais de
necessário para a confecção de mais uma criação literária. Talvez você já tenha
lido sobre isso em algum outro lugar, como eu também li, aqui estou apenas reforçando,
solidificando uma ideia que já se discute há um tempo no meio dos escritores.
Não sou um escritor ainda, mas o exercício da técnica e o estudo dos meios mais
coerentes a mim estão me tornando aquilo que desejo: um escritor.
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