quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Literatura e Mercado


É muito fácil meter o pau no mercado quando você está fora dele, quando você não é a parte alimentada pelo mecanismo de propaganda e geração de renda que o mercado editorial criou. É simples demais até e sem sentido. Criticar obras como Crepúsculo ou 50 tons de cinza e adjacências é como chutar cachorro morto. Difícil deve ser escolher ser uma dessas pessoas criticadas que ganham dinheiro com quase literatura. Como deve ser estar desconfortavelmente vendendo histórias que narram a “saga do herói” ou o estilo Karatê Kid de viver com nada de novo no front do mercado para colocar nas cabeças dos jovens leitores ou preguiçosos pensantes?
Agora que parei a parte de chutar cachorro morto digo o que realmente importa: é fundamental que exista esse tipo de literatura de fácil acesso, esses livros de fácil assimilação, pois não formaríamos público leitor apenas com aquele monte de livros cabeça que falam da miséria humana e de temas “universais”, nem teríamos literatura. Nem me venha com esse argumento que vivemos em um tempo que a maioria da população tem preguiça para ler. A maioria da população sempre teve preguiça para ler, primeiro porque historicamente a maior parte do povo nunca soube ler e segundo porque com uma herança dessas nas costas pegar gosto pela leitura de livros difíceis se torna bem mais trabalhoso. Então viva aos livros fáceis que podem ser devorados em uma tarde, como as Sabrinas e Reader Diggest da vida!

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