Crédito: Erik Kim |
Já ouvi tanta definição de amor que nem sei mais como definir, só sei de uma coisa: ele tem tantas formas quanto tem pessoas no mundo. Não existe a forma certa de se amar, de se relacionar com a criatura amada, apenas se ama. Seja um casal, hetero ou homoafetivo, seja um trio, quarteto, quinteto, etc, tenha sexo ou não, seja na mesma casa ou separados, o amor não escolhe a maneira como irá acontecer, nem as pessoas tem exata certeza de como e porque amam. Apenas amam. Então criticar um casal gay morando juntos, ou a família cristã em seu modelo milenar é errado, forçar o outro a agir da forma que sua concepção de relacionamento acredita ser correta também é um erro. Amar pressupõe as partes estarem felizes em viver daquela maneira, conheço gente que namora há uma década ou mais e não tem o menor interesse em morar juntos, já tem outros morando juntos desde a primeira semana de relacionamento, já li em jornais histórias de três homens e uma mulher vivendo juntos há mais de cinco anos, e vivendo muito bem. Então porque vamos criticar a forma do outro viver se não há violência, não há mágoa nem mal estar entre as pessoas dentro daquela relação? Será que nossa infelicidade sobrepõe a capacidade de perceber a beleza do amor no lugar onde ele habita? Somos assim tão miseráveis para não respeitar as opções felizes de vida dos outros? Devemos sempre buscar impor nossa verdade, seja ela no amor, na política, na religião, para nos sentirmos verdadeiramente completos? Acredito não ser esse o caminho para o amor circular em todos os corações, um sentimento tão belo e capaz de realizar coisas tão maravilhosas.
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