segunda-feira, 10 de março de 2014

Crítico

Andei pensando como é fácil falar dos outros, dos defeitos, dos erros cometidos, dos caminhos tronchos escolhidos por eles, mas e eu? Nós? Como ficamos? Somos donos da verdade e dos acertos? Sempre estamos corretos nas escolhas feitas? Não, com certeza, sem medo de errar, respondo não a essas perguntas, erramos um bocado. O erro depende do sujeito, depende daquilo considerado erro por cada um. Acredito, na verdade, não haver erro nos nossos atos, são apenas escolhas tomadas nos momentos indevidos, opções de caminho quando na verdade deveríamos fazer outra escolha para nos machucarmos menos, pois isso é o erro não é? O dano causado a nós por nós, ou causado a alguém que amamos. Quando o dano é direcionado a uma pessoa fruto de nosso ódio, ou desdém, não é erro, pois temos prazer em fazer aquilo que machuca esse outro. O respeito pelo ser humano? Alguns não merecem respeito, nem nós mesmos merecemos em alguns momentos de nossas vidas. Exigir respeito o tempo todo e procurar ver sempre o melhor do outro é algo completamente irracional e inumano, não existe ninguém que eu conheça capaz de ser alegre o tempo inteiro. Todos têm seu dia de fúria, seu momento de odiar, de repudiar, sentir raiva. Criticar o outro por uma atitude, se dizer dono da verdade, explicando como deveriam ser os atos da criatura para a vida dela se tornar melhor e satisfazer nossos desejos de sabedores de tudo é algo muito errado. Inclusive isso coloca meu texto em um ponto bem estranho, pois aqui estou eu dizendo como deveríamos agir e a minha opinião a respeito disso tudo, exatamente o motivo de minha crítica. Como conviver com esse tanto de gente cheia de verdade como eu? Não sei responder, espero nunca saber.

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