Não sei vocês, mas eu gosto de filme estranho e
gosto da Nicole Kidman, então A Pele é um dos melhores com essa combinação. Os
elementos dessa obra são bem esquisitões, temos uma dona de casa dos anos 50
vivendo uma vida normal, um vizinho misterioso chega para morar na porta em
frente a seu apartamento, uma família que não reflete o estado de espírito
dela. Some tudo isso a um desejo dessa dona de casa em mudar sua vida. Pronto
temos aí a receita do bolo. Nicole Kidman interpreta uma fotógrafa norte-americana
chamada Diane Arbus, especializada em clicar o bizarro, o estranho, o incomum e
o filme tenta argumentar de onde surgiu essa vontade de olhar para onde ninguém
mais olhava. O vizinho dela é Robert Downey Jr., ou Lionel, um homem
completamente peludo, fruto de sua doença, a tricotomia. Os dois vão se
envolvendo em um romance estranho e intenso, mudando a vida dela e lançando-a
para o seu melhor, olhar para o belo onde todos só veem imperfeições. A
fotografia do filme, os diálogos, as argumentações são capazes de deixar
abestalhado o mais céticos dos críticos. A narração do filme é lenta, então se
você só consegue assistir milhões de efeitos especiais esse filme não é para
você, mas se quiser arriscar e ver se é capaz de acompanhar uma história presa
a detalhes e intimidades. São duas boas horas de lazer em frente a televisão,
ou monitor de computador, gastas vendo uma romantização do início da carreira
dessa estranha fotógrafa.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Sarcasmo, ironia e boas piadas
Quem me conhece sabe o quanto curto tirinhas,
principalmente se forem politicamente incorretas, cheias de ironia e mandado o
mundo para o inferno. Portanto a recomendação de livro de hoje é “Os Malvados”
de Andre Dahmer, é um livro com algumas das tirinhas dele que foram publicadas
em seu site, infelizmente não tem o ditador de Zazanov nosso Rei Emir Saad, mas
conta com as duas figuras que o tornaram conhecido na rede, o malvadão e o
malvadinho.
O sarcasmo dele é foda. Se você tem estômago fraco, baixa tolerância
ao lado devasso e sujo da humanidade, passe longe desse livro, ele não é para
gente fresca. Referências aos sonhos perdidos, às drogas, ao mundo boêmio da
pior forma possível, mas sempre com pegadas geniais que fodem com esse falso
muro de moralidade erguido nos últimos anos, aqui é o lugar certo para
encontrar tudo isso e rir por algumas horas dentro de sua ótica crua da
realidade. O site ainda está no ar e contém as tirinhas dos anos 10, o monstro
de Zazanov, tiradas sobre arte, artistas, política e afins.
Leiam o livro, mas
acima de tudo passem lá pelo blog dele para poderem acompanhar o trabalho desse
maluco. Sobre o traço, bem não espere um Will Eisner nem um Robert Crumb, pois
Dahmer passa bem longe deles, por opção, não por falta de capacidade.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
A Cidade Navio
Ouço muito o povo aqui, quando
chove, reclamando que o trânsito engarrafa, a cidade enche, para onde se vai é
água. Primeiro ponto: é natural ao chover a única vista para todos os lados ser
muita água, mesmo a chuva caindo por trinta minutos, pesada, com aquele formato
retilíneo como rachuras, então não adianta muito reclamar né? A chuva está
caindo e pronto. Se alaga o problema é da chuva? Não, claro que não, ela vem do
céu e quer espaço para se colocar sobre o solo, como todo concreto e piche são
impermeáveis ela fica por cima dele mesmo. Ah, mas existem as canaletas, os
bueiros e os sistemas de escoamento. Oi? Existe? Com a população, de rico a
pobre, jogando tudo no chão, entupindo tudo? Há um sistema superlotado de lixo,
com restos de toda a má educação de nossa população, lembre-se, quando me
refiro a população falo do pobre lascado sem um centavo no bolso até o ricaço
filho da puta com milhares de cédulas virtuais em sua conta bancária, todo
mundo é povo e população, e todos sofrem da má educação, pois quando a cidade
alaga ela não escolhe bairros, desde Espinheiro, Torre, Graças e Aflitos até
Barro, Estância, Areias, Boa Vista, Coque, não há distinção de riqueza pois a
má educação perpassa todos. Então não reclamem do governo quando a cidade
alagar, ou você vê vereadores e prefeitos saindo de seus gabinetes para
despejarem seus lixos nos canais, rios, canaletas, esgotos, bocas de lobo? Não
podemos reclamar de nosso governantes enquanto for generalizada essa prática de
colocar nas ruas a garrafa vazia da água que tomamos, a lata de refrigerante,
cerveja, plástico da coxinha, do mac donalds, do subway, de onde quer que seja.
Seremos obrigados a comprar jet skis, iates, lanchas, carros anfíbios e viver
numa cidade navio enquanto nossa má educação persistir.
terça-feira, 14 de maio de 2013
O Rappa
Das bandas formadoras do meu
gosto pelo rock essa é uma delas. Vem lá desde a década de noventa fazendo um
rock’n’roll meio misturado com reggae, ragga, rap e muitas outras sonoridades
da cultura negra, sempre com um pé na favela e outro no asfalto. As letras da
banda trazem problemas sociais, soluções, momentos de celebrar, novas formas de
falar de amor, tudo com muita poesia, muita originalidade, assim como o som
deles, quem ouve sabe do que estou falando, pois a banda é conhecida de muita
gente, mas muita mesmo. Percebo um certo preconceito com a banda, dizendo que
ela se vendeu, que não é mais a mesma. Você é o mesmo desde que nasceu? Se for
filho sinto lhe informar, mas nem igual a uma pedra você pode ser, pois até
elas mudam com a ação do tempo, do clima e do mundo sobre elas. Mas voltando a
falar da banda, eles ainda estão na ativa, com shows, mas a última gravação de
estúdio com inéditas foi o álbum 7 Vezes de 2008, depois disso saíram algumas
coletâneas ao vivo, mas estão prometendo som novo para esse ano ainda. Vamos ver
né? Mas até lá temos muito material para ouvir e com muito, muito som do
caralho para sacar e aprender formas de se explorar as pancadas mecânicas.
Para onde ir? - Semana de 13/05 a 19/05
Boa tarde galera, voltando com a sessão para onde ir trago para vocês dois picos aqui em Recife, um avisei semana passada que é o evento musical lá no Escritório Bar e Restaurante, no domingão para fechar o fim de semana na moral, com duas bandas do barro, coisa fina, somzão. Para ler clique aqui.
Mas antes, no sábado da graça do senhor, temos uma noite com poesia de alta qualidade, gente do naipe de Malungo, Aldo Lins, Jorge Santos e muitos outros que se garantirem a pegar o mic lá na hora e mandar a poesia, de improviso ou ensaiada. Vai ser na Bódega do Selva, ali na praça Maciel Pinheiro. Evento finíssimo, cheguem por lá, estive na outra edição e posso garantir que vale muito a pena. Sim, quase ia esquecendo, o nome do evento é Sarau da Boa Vista.
No sábado:
No domingo:
Abração!
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Gentileza a um preço
Mudamos os valores, isso é fato,
tenha certeza disso caro amigo, mas vamos mudar novamente e mais uma vez e
outra porque os valores mudam o tempo todo, pois se não mudássemos ainda
seríamos os mesmo desde o tempo da pedra. Talvez o grande problema atual seja
voltar nossos valores apenas para aquilo que gera renda, capital, lucro,
benefício. Talvez você não tenha percebido de tão imerso que está nesse grande
mecanismo criado para nos abobalhar, mas não somos cordiais com mais ninguém, a
menos que ele nos prove sua capacidade de nos trazer alguma vantagem. Pode
espernear aí em sua cadeira confortável, mas repare como você trata melhor
aquela pessoa que lhe traz mais benefício, como você trata melhor aquele que
sempre consegue mais um pão em sua sacola ou seu transporte gratuito no ônibus.
Está vendo como relacionamos a capacidade da pessoa em nos trazer algum retorno
por causa de nosso cordialismo? Isso não é um valor capitalista? Um valor neo
liberal? Será que sempre somos assim tão interesseiros? Pense em seu melhor
amigo, por que ele é seu melhor amigo? Porque vocês se dão bem? Porque ele
sempre tem a melhor palavra para lhe confortar? Por que só ele entende o que se
passa com você? É mesmo? Tem certeza? Será que um concordando com o outro e sempre
corroborando as opiniões num é para manter a troca de favores e a
reciprocidade? Veja bem suas relações, elas são sinceras? Existe mesmo amor e
afeto, aquele desejo de ver o bem do outro sem querer algum retorno? Será? É a
questão que as relações capitalistas criam, as relações de custo benefício.
Nesse mundo de novos valores
saber exatamente o que se espera e que tipo de relações temos com outras
pessoas, e elas conosco, é um exercício constante de honestidade e sinceridade
com seus próprios sentimentos e valores morais. Valores. Essa questão é algo
que rende um novo questionamento.
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Música, bluesman e rock'n'roll
Se você é do tipo de pessoa que
curte filmes ligados ao mundo da música vai gostar deste aqui: Crossroads, ou A
Encruzilhada em português. Este filme narra a história de um garoto fã de
blues, louco para fazer parte do grande time dos maiores bluesmen da história e
como ele persegue esse objetivo custe o preço que for. Quando peguei o filme,
por recomendação de um amigo meu, pensei que era a biografia de Robert Johnson,
o bluesman morto pelo diabo, reza a lenda que o tinhoso veio ao encontro dele,
na idade dos 27 anos, para levar sua alma, pois o acordo era a fama em troca da
vida. Já ouviu falar do clube dos 27? Pois é Robert faz parte dele. A trilha
sonora e a reprodução das cenas da vida do famoso aí em cima são o grande que do
filme, não tem como gostar de blues e não gostar do que estou recomendando, são
ligados um ao outro de forma irreparável. Outra coisa também são as piadas do Willie
Brown, o cara tem uma atuação fantástica, boa parte da vida do filme vem do humor
sarcástico, cínico e canalha desse velho gaitista negro. Vou deixar vocês com
um trailer e de quebra uma música do Robert Johnson que é a cara do filme.
Trailer:
Agora com vocês Robert Johnson:
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Admirável Mundo Novo
Já disse aqui como gosto de
ficção científica, esse livro é mais um dos bons desse tema, dessa linha de
literatura. Já ouviu falar de eugenia? Bem, se não conhece deixe te explicar, é
uma forma de reprodução assistida onde os genes são selecionados para ficarem
apenas as melhores características, alimentos transgênicos passam por esse
tratamento, os animais que comemos são assim, boa parte deles pelo menos. Some
isso a uma sociedade completamente controlada no estilo V de Vingança, Gattaca,
1984 e afins, mas com um detalhe, a tecnologia seguindo a linha de nossa atual
evolução técnica no extremo de suas capacidades. Pronto, agora você deve estar
começando a visualizar o cenário no qual se passa a história contada no livro
que dá título a esse post. Passa-se num futuro distante ultra tecnológico, não
existe família, os bebês são todos criados em linha de produção através da
eugenia, já determinadas suas funções sociais desde esse período também, pois
cada um vem com o código genético programado para determinadas funções, as
classes sociais são bem definidas, trabalhadores, elite social e
administradores, mais ou menos como no livro A República de Platão, acredito
até ser essa história uma releitura do livro do grego, mas me deixa continuar
senão começo a divagar aí pronto, perco completamente o objetivo. A personagem
principal é um cara com aspecto estranho para a casta a qual pertence, pois
durante o processo de criação misturaram algumas substâncias que lhe deram
características diferentes dos demais, ele começa a fazer a história narrada no
livro acontecer quando viaja para uma parte preservada do mundo que as pessoas
ainda vivem do modo antigo, com religião, sem tecnologia, com sexo, amor e
família, bebida e tudo o mais “primitivo”, lá, nesse lugar de turismo, o nosso
personagem traz um selvagem para viver na sociedade evoluída, avançada, disso
ocorrem os conflitos capazes de colocar em xeque a forma como se vive.
Recomendo a leitura não apenas
por ser boa a história, mas para vermos comportamentos chocantes para a época
do lançamento do livro(1932), mas comumente praticados atualmente, como sexo
sem compromisso, relaxamento nas relações e relaxamento moral em diversas
esferas. Vemos também controle de informação de forma velada, algo também
corriqueiro em nosso tempo, nos iludimos ao pensar que vivemos na era da
informação, temos muita a nossa disposição, mas a boa, a que faz a diferença,
está toda nas mãos de poucos e manipulada de forma abusiva para nos controlar
ideologicamente. A leitura levanta muitos questionamentos, inúmeros, coloca
quem lê para pensar.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Opinião
Vou expressar meu ponto de vista
e você não é obrigado a concordar, nem um pouco, com ele e eu muito menos com o
seu. Esse é o ponto de vista que queria expressar. É o grande problema
percebido pela minha pouca experiência, as pessoas andam por aí pregando suas
verdades e exigindo serem aceitas por todos, mas há um porém, quando são
refutadas, contestadas ou simplesmente o ouvinte diz não concordar começa o
atrito, muitas vezes sérios, violentos e isso é uma falta de respeito total, das
duas partes. Ninguém, exatamente ninguém, é obrigado a concordar com o outro,
mas isso não dá o direito de ser agressivo, menosprezar ou tentar convencer a
outra pessoa do contrário, ela tem a verdade dela, e se não for ofensiva,
fisicamente e socialmente a outra pessoa, então deixa ela no canto dela e vá
viver sua vida. Se um funkeiro está no baile funk dele, dançando, brigando
entre seus pares e depois daquilo vai todo mundo tomar uma junto, deixa eles se
divertirem, se um sujeito vai para o brega dançar até o chão, ficar com três,
quatro, cinco mulheres, deixa eles se divertirem, se você não gosta de brega
não ouça, se não gosta de funk não ouça. Se seu vizinho coloca o som alto,
coloque o seu para que o dele não te incomode mais, nem o seu o dele, vá viver
na paz. Não adianta revidar violência com violência, desrespeito com
desrespeito. Quantas vezes vejo no trânsito um motorista buzinar apenas porque
o outro o ultrapassou, ou parou de repente. Vale a pena se estressar e
perturbar a paz de diversas outras pessoas com o som irritante da buzina? Vai
resolver a situação ser estúpido desse jeito? Não, não vai resolver nada. Então
respeite a ideologia do outro, se te incomoda se afaste e deixe a pessoa na
dela, não crie atrito, o mundo é gigantesco e tem espaço para todo mundo,
procurar conflitos por causa de besteira como música, religião, sexualidade,
forma de se vestir ou se comportar é perca de tempo, o bom mesmo é procurar
viver em paz consigo respeitando as diferenças existentes. Tentar mudar o outro
para o seu modo de ver as coisas é a melhor forma de provar que o ditador
ideológico dentro de você está vivo e com sede.
Inclusive discordar de tudo o que
eu disse aqui é um direito seu, se não gosta da minha opinião saia daqui, não
precisa perder seu tempo me xingando e tentando me levar a ser igual a você. Eu
não vou lhe ouvir.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Festa da Carne
Assim começa mais uma festa, mais uma série de
noites e dias encarrilhados com tudo aquilo que se passa o ano querendo fazer.
Alguns se internam em suas casas com filmes, música e internet garantida,
outros danam-se no mundo para todos os prazeres da carne. Criticar o carnaval?
Falar mal da festa que mais gosto? Impossível nêgo! Mas convenhamos, há
inconvenientes, existem restrições, coisas que não deveriam acontecer. Exemplos
práticos: os ônibus, que transportam todo o povo diariamente, não deveriam ser
depredados pelos mesmos foliões que o utilizarão no dia seguinte. As ruas viram
banheiros a céu aberto, além de motéis. A quantidade de pessoas dirigindo embriagada é
assustadora, pois no carnaval tudo se “pode fazer” sem crime, sem remorso, sem
ressentimentos.
Então correr pelo mundo seguindo o rastro do diabo
fazendo todo tipo de desgraça é o mote de algumas pessoas que supostamente
estão se divertindo. Como só posso falar daquilo que conheço digo o carnaval de
Recife é um dos mais tranquilos, pois o policiamento aqui é muito forte, a
repressão aos crimes durante a folia de Momo é eficiente, nunca fui assaltado
no carnaval e apenas uma vez vi um assalto, que não terminou nada bem para o
marginal.
Para quem não gosta da festa da carne recomendo Hysteria,
uma comédia muito boa sobre a invenção do vibrador, para aqueles que preferem
jogos Soul Calibur é uma grande pedida, mas para os que preferem as ruas venham
para Recife, aqui sim é bom.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Curta do dia - Recife Frio
Boa noite vaidosos, não tenho nem como expressar a ideia única que esse curta metragem tem, assista. Só umas palavras antes do vídeo: imagine Recife em um inverno estilo norte europeu, a nova forma tomada pelas relações interpessoais e os mecanismos sociais totalmente reinventados devido essa brusca mudança climática.
Vejam e me digam o que acharam:
Vejam e me digam o que acharam:
Para onde ir?
Bom dia galera, hoje trago para vocês uma coluna nova com indicação de eventos, programação para o fim, o meio, o começo da semana, vai depender dos eventos que forem me enviando e da vontade da turma de divulgar o trabalho e as movimentações acontecendo na cidade. O primeiro evento apresentado no blog é o Segue o Som, vou deixar o próprio evento se apresentar:
"Com o intuito de colocar o Barro na cena musical pernambucana o projeto Segue o Som procura visibilizar e fomentar a produção das bandas e músicos que a despeito de serem invisibilizados pelos que produzem cultura nos chamados "centros da produção cultural" do Estado, estão na ativa. Produzindo e alimentando toda uma cena cultural que ressoa na e a partir de nossas comunidades.
Legítimos centros difusores da produção cultural deste estado, cada vez mais nossas comunidades, por meio de toda uma movimentação protagonizada por artistas, educadores, estudantes, comerciantes... das próprias comunidades e em articulação com movimentos de outros bairros, vêm rompendo o ciclo migratório, paradigma do modelo Centro/ Periferia, e fazendo das próprias comunidades difusoras e consumidoras produção cultural.
Ainda é preciso ir mais adiante.
Mas de uma coisa estamos certos: não estamos sós.
Adiante amig@s!"
Acompanhem sempre pela nossa agenda do Vaidade: Meu Pecado Favorito na coluna da direita!
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Duas das melhores cabeças de um século fantástico
Boa noite vaidosos, minha recomendação
de hoje não é literatura, é um livro de peso para quem gosta de narrações
históricas de personagens famosos da humanidade. O nome do livro é Da Vinci e
Maquiavel: um sonho renascentista. Ele traz um apanhado individual de cada
figura dessas, apresentando como chegaram ao ponto onde estavam através da
história pessoal, mostra a educação, o desenvolvimento artístico e intelectual
além dos círculos sociais que andavam e outros pontos compositores da vida de
um ser humano. Após isso apresenta a cidade de Florença do século XVI com o movimento
do Renascimento de pano de fundo, as questões sociais matrizes dos conflitos
entre Florença e Pisa e como esse conflito colocou duas das mais brilhantes
mentes daquele período em contato para realizarem o audacioso plano de mudar o
curso do rio Arno. A narrativa é leve e sucinta, muito fácil de acompanhar e se
deliciar através das ideias muito bem elaboradas pelos dois homens no intuito
de realizar o serviço para o qual foram contratados. Você encontrará um outro
perfil, um outro olhar, desses homens, conhecerá o Renascimento um pouco mais
além daquele conteúdo apresentado na escola e saberá de onde vêm as grandes
invenções, além de perceber que o desejo de alterar cursos de rios não é algo
tão recente quanto o fiasco da transposição do rio São Francisco.
Só mais uma observação, o
apêndice do livro é um espetáculo a parte, pois traz inúmeros desenhos de Da
Vinci e alguns trabalhos de Maquiavel também, amplia a percepção do leitor para
fatos como invenção, trabalho árduo e planejamento são capazes de tornar alguém
tão notório, como foram ambos.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Preconceito
Não é difícil acompanhar na mídia os debates sobre
discriminação, preconceito, exclusão social e esse monte de mazelas. Estamos
vendo os dois lados trocando farpas o tempo inteiro, com a resistência às
mudanças de um lado e as “minorias” querendo espaço do outro junto com a
aceitação geral das diferenças. Sinto informar para os resistentes, mas nada
mais será como antes. Isso é bom na verdade, pois se tudo fosse como antes
ainda estaríamos vivendo como coletores(período
nômade na história da humanidade) ou pior. Assim é o preconceito, velhos
vão sendo destruídos e outros novos surgindo, ganhando força para depois virar
motivo de guerra social. Vamos lá para os exemplos, odeio abstração pura. Antes
as mulheres não podiam votar, pois havia um preconceito sobre suas capacidades
de decisão política, ou não podiam trabalhar pois não tinham inteligência para
tanto, vemos que muito disso caiu por terra, ainda temos resquícios de
machismo, usando um termo pesado, mas nada tão forte quanto antes, tenha
certeza disso, e olha que estou usando história recente como exemplo, imagina
se puxar do fundo do baú mesmo. Enquanto isso temos o atual forte preconceito
contra os gays que cedo ou tarde vai se tornar algo muito fraco, ou por força
de lei, ou pela criação de uma consciência onde todos são iguais independente
de opção sexual(acredito mais na primeira opção), futuramente teremos
preconceito contra as pessoas que não se atualizam tecnologicamente(chute dos
chutes), ou alguma forma nova de discriminação, talvez igual a do filme Gattaca
ou O Demolidor(com Silvester Stallone, não com Ben Affleck). Quem sabe?
Independente do tempo vivido sempre haverá diferentes formas de discriminação e
exclusão social, sempre existirão dentro dos meios sociais mecanismos de
marginalização, não adianta querer que a sociedade seja justa e igualitária,
podemos chegar bem perto disso, mas a esse ponto não. Posso apontar diversos
motivos para essa minha última afirmação, mas prefiro deixar para outra noite,
por hora falei o que desejava.
*referência ao quadro de Dali. Procure o quadro, não
vou dizer o nome dele.
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