quarta-feira, 20 de março de 2013

Ascedência


Muito se discute para o fim do preconceito e vemos diversos posicionamentos, uns a favor, outros contra, cada um com seus argumentos. O preconceito a que me refiro aqui é o “racial”, ligado à cor da pele. Existem diversas leis no Brasil criminalizando a discriminação ligada à cor da pele. Concordo parcialmente com esse tipo de conduta legal, concordo com a parte mostrando à sociedade como é danoso você colocar alguém à margem da sociedade apenas por causa de uma característica física, independente qual atributo seja este, porém é justamente essa a falha, ao privilegiar um grupo, protege-lo legalmente você coloca os outros numa situação delicada, surgindo o medo de se expressar. Forçar a consciência através do poder da lei cria conflitos dentro da sociedade levando o preconceito para debaixo do tapete, algo corrente nos tempos atuais, ou pode alimentar uma raiva mascarada que cedo ou tarde pode terminar numa explosão violenta, como uma panela de pressão sem válvula de escape, virá uma explosão precedida de pequenos surtos de conflitos violentos.
Para acabar com esse separatismo dentro da sociedade, os brancos, ou “clarinhos”, de um lado e os negros, ou “morenos” do outro poderíamos atentar para um fato bem simples: os negros são chamados de afrodescendentes por virem de matriz africana direta, alguns misturados aqui e ali com índios e/ou europeus, mas ainda assim um lado do sangue é plenamente negro. Mas se analisarmos com mais inteligência e visão histórica veremos que todo ser humano é afrodescendente em alguma instância, pois estudei história e até o presente momento não foi encontrado nenhum vestígio de primeira ocupação humana mais antiga do que na África, de lá irradiou toda a humanidade para ocupar o globo. Portanto todos somos afrodescendentes em maior ou menor grau, todos têm um pouco de sangue negro nas veias, independente de sua origem recente, independente de conseguir lembra até sua 13
ª geração ascendente, haverá aqui ou ali um pouco de sangue negro. Portanto criminalizar é uma forma mais rápida de execrar o preconceito, mas uma forma errônea e com resultado duvidoso a longo prazo, educar e mostrar a importância da matriz africana na nossa vida e apresentar com argumentos mais inteligentes e menos emotivos toda a nossa origem é um resultado que a longo prazo surte o efeito desejado: reconhecer todo ser humano como igual independente de sua cor de pele.

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