Tirinhas
fazem parte daquelas ferramentas da arte que nos divertem e abrem nossos olhos.
Divertem porque o conteúdo da maioria delas, sem medo nenhum de errar, são de
humor. Boa parte delas tem aquele sarcasmo capaz de te fazer rir, por mais sarcástica
e politicamente incorreta que seja a piada. Apenas as melhores delas trazem uma
dose pesada de ironia capaz de fazer pensar além rir, e aí é a iluminação abrindo
seus olhos, fazendo uma diferença no seu pensamento. Mas para a tirinha ser boa
ela precisa de outra coisa: um traço inconfundível, sabe, aquela coisa que você
bate o olho e diz foi Dahmer que fez, ou foi o Ruas, sem isso a tirinha não tem
muito valor, fica igual aos memes, moda passageira, pleonasmo infeliz. Não
tenho ideia de onde começaram as tirinhas, mas na web é muito fácil encontrar
blogs de artistas que levam a sério a arte de fazer sorrir e pensar, pois não é
meramente divertir, nem apenas conscientizar, mas satirizar, ironizar a vida,
que já é hardcore, trazendo um lazer inteligente. Nesses tempos loucos, de
extrema velocidade elas cabem entre a xícara de café e o próximo relatório para
entregar ao supervisor.
Ps.:
Mais alguns artistas que curto muito são o Gus Morais, o Zé, o Dr. Sólon e mais
um bocado que não consigo lembrar agora.
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