segunda-feira, 25 de março de 2013

Rock? É Roll?


Preferimos ouvir músicas de artistas que não irão lançar mais nada de novo a procurar novidades no rock hoje. Porque somos assim? Porque cultuar o som de grandes bandas de rock que não mais farão mega shows nem irão trazer novidades sonoras, bastando a gente se contentar com eventuais bandas covers ou um bocado de velhos tocando seus instrumentos sem a mesma energia de quando estavam com todo o gás em cima do palco? Negar que o rock de hoje seja bom e ter resistência a ouvir novos sons, será esse o caminho? Creio que não, dentro do cenário atual há muita coisa boa tocando, influenciados fortemente por aqueles movimentos setentistas, ripongas e tudo mais, porém com outras influências, com outras experimentações, com outras temáticas nas letras. O rock antes era rebelde, era forte, era uma máquina de movimentar a sociedade, hoje ele serve para vender tênis e roupas. Foi domesticado. Mesmo quando ouvimos hoje as bandas daqueles tempos idos não temos a mesma reação. Curtimos o som, ouvimos as melodias, admiramos as técnicas com os instrumentos, mas não pensamos mais em lutar para mudar o mundo, apenas queremos tomar cachaça, comer algumas mulheres e talvez até usar drogas, mas não passa disso. Quando ouvimos o rock da grande mídia queremos ficar tristes pelos cantos, ou ser mais um cara “descolado”, mas sem conteúdo algum. As bandas que tocam por fora da grande mídia ainda trazem essa resistência ao modelo estabelecido de indústria da música. Será que ainda há esperança no rock? Será que ele já não se vendeu o suficiente? Espero que não.

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