quinta-feira, 28 de março de 2013

Para bem governar


O livro de hoje é um clássico da política, do mundo dos administradores públicos, ou privados mesmo, o livro é O Príncipe de Maquiavel. Posso falar aqui de tudo já dito antes, como o porque de Niccolo Machiavelli ter escrito o livro, para quem ele entregou, a situação política de Florença à época da obra, mas nada disso me interessa, nem a você, pois tudo isso já foi dito exaustivamente em diversos lugares aqui da web, portanto vou lhe poupar dessa ladainha. E o que falar então de um livro já foi esmiuçado até a última letra, até o último pingo de tinta dos originais e diversas traduções pelo mundo? Vou falar do prazer de ler e reler essa obra, de trás para frente, do meio pro fim, ou para o começo, como preferir. Já li diversas vezes e de várias traduções, recomendo ler todas as possíveis, pois o texto apresenta sempre nuances e assim o as interpretações da se torna algo bem diverso. Não sei italiano para ler o original, deixa eu me corrigir, era um língua vulgar da época que viria a se tornar o italiano.

O Príncipe apresenta um panorama político indireto da Renascença italiana num período bem específico, mas por incrível que pareça a forma de governar mudou muito pouco, mudaram sistemas, mudaram personagens que entram e saem do cenário político, mas o interesse principal permanece o mesmo: o poder. Maquiavel percebeu isso com toda sua experiência, ele sabia que o interesse do governante é o poder, e a manutenção dele, ao invés de benfeitorias para o povo, para os governados. Tudo ao alcance dos administradores públicos será feito para se manter no alto, no topo da cadeia alimentar política, alianças, traições, mentiras, maquiar a verdade, criar leis temporárias para apaziguar uma situação e depois revoga-la, nada em benefício do povo, tudo em benefício do homem que não deseja sair de cima. É sobre isso que fala a obra, leia e vai perceber como é comum daquele princípio de forma               “moderna” de governar e de como é levada a cabo a política hoje, somos sempre tratados como peças em um jogo que não sabemos para qual lado está indo. Então leia essa obra e me diga: acertei em meu julgamento dela? Se é que há um acertar.

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