Poucos livros são capazes de prenderem minha
atenção me fazendo esquecer todas as outras coisas ao redor, obrigações,
compromissos e tudo o mais. Este é um deles. É, não disse o nome, mas está no
título do post e foi escrito por George Orwell. A história fala de uma
sociedade no futuro, no ano de 1984(era futuro para ele), totalmente regulada
pelo Estado, completamente hierarquizada, burocratizada e fiscalizadora. Todo mundo
é vigiado o tempo todo através de câmeras, microfones, através das outras
pessoas. Instituições como família, amizade, escola, trabalho têm uma conotação
completamente diferente da forma como usamos. A miséria na alimentação, na
bebida, nas roupas, nas casas é algo corriqueiro, tanto que as pessoas nem
sentem estarem vivendo neste estado de coisas. a personagem principal é Winston
Smith, um trabalhador do Partido, só existe um partido diga-se, que começa a
questionar as coisas como elas são e o enredo gira nesse eixo, com a adição de
um romance entre ele e uma outra rebelde e até onde isso tudo pode chegar. Se olharmos
um pouco mais a crítica do livro é voltada para o comunismo, para o socialismo
e essas formas de pensamento pregadoras da igualdade entre as pessoas, mas volta-se
também para o consumismo e sua capacidade de degenerar a sociedade, estragar as
relações. A forma como o escritor apresenta seus argumentos, a facilidade na
narrativa e o alto grau de censura dentro da sociedade criada por ele me fascinaram,
pois ele imaginou todo um contexto, uma série de argumentos válidos, capazes de
fazer da nossa realidade objeto de análise com uma luz mais intensa. Li em três
dias esse livro e leria novamente apreender mais e ter muito mais argumentos
para expor.
Obs.: a expressão Big Brother vem desse livro, o
programa de entretenimento de massas pegou emprestado o nome de uma personagem.
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