quinta-feira, 25 de abril de 2013

1984



Poucos livros são capazes de prenderem minha atenção me fazendo esquecer todas as outras coisas ao redor, obrigações, compromissos e tudo o mais. Este é um deles. É, não disse o nome, mas está no título do post e foi escrito por George Orwell. A história fala de uma sociedade no futuro, no ano de 1984(era futuro para ele), totalmente regulada pelo Estado, completamente hierarquizada, burocratizada e fiscalizadora. Todo mundo é vigiado o tempo todo através de câmeras, microfones, através das outras pessoas. Instituições como família, amizade, escola, trabalho têm uma conotação completamente diferente da forma como usamos. A miséria na alimentação, na bebida, nas roupas, nas casas é algo corriqueiro, tanto que as pessoas nem sentem estarem vivendo neste estado de coisas. a personagem principal é Winston Smith, um trabalhador do Partido, só existe um partido diga-se, que começa a questionar as coisas como elas são e o enredo gira nesse eixo, com a adição de um romance entre ele e uma outra rebelde e até onde isso tudo pode chegar. Se olharmos um pouco mais a crítica do livro é voltada para o comunismo, para o socialismo e essas formas de pensamento pregadoras da igualdade entre as pessoas, mas volta-se também para o consumismo e sua capacidade de degenerar a sociedade, estragar as relações. A forma como o escritor apresenta seus argumentos, a facilidade na narrativa e o alto grau de censura dentro da sociedade criada por ele me fascinaram, pois ele imaginou todo um contexto, uma série de argumentos válidos, capazes de fazer da nossa realidade objeto de análise com uma luz mais intensa. Li em três dias esse livro e leria novamente apreender mais e ter muito mais argumentos para expor.

Obs.: a expressão Big Brother vem desse livro, o programa de entretenimento de massas pegou emprestado o nome de uma personagem.

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