Aparentemente existe algo chamado
boa educação, um padrão de comportamento capaz de fazer a pessoa entrar e sair
de qualquer lugar sem causar constrangimento e sem se sentir constrangido.
Coisas como cordialidade, bom atendimento, uso adequado das palavras e maneiras
condizentes para cada ambiente frequentado. Bem, talvez exista isso de boa
educação, mas temos que relativizar a definição da boa educação de fato, pois
cada cultura, cada povo, tem um grupo de comportamentos esperados capazes de
definirem se as ações de um indivíduo são aceitáveis ou não. Aqui em minha
cidade mesmo o comportamento esperado de um motorista é a ultrapassagem de
sinais vermelhos, assim como os pedestres passarem fora da faixa, mal educado é
aquele que não joga latas de cerveja ou garrafas de água pela janela do ônibus
e coisas nesse nível. São exceções que estão se tornando detestáveis regras
para um grupo cada vez maior de indivíduos, uma nova coletividade quase. Mas de
fato o que é ser bem educado? É mesmo respeitar os lugares onde o sujeito está
naquele instante? Pois pelo que sei os artistas e pessoas que mudaram diversas
situação são justamente aquelas justamente que não se adequam, não se
enquadram. Quantas coisas boas, e ruins, não aconteceram devido aos
mal-educados? Digo boas e ruins, pois canaletas entupidas são ruins, mas
discordar do Sol girar em torno da Terra é bom. Então, existem maneiras de
tornar a má educação uma boa saída, já chamaram de desobediência civil,
marginalidade e outros adjetivos muito bons, tão bons quanto esses. Resta-nos
pensar qual a base de comparação para chamarmos de boa ou má e em que situações
determinamos se é realmente educação ou não.
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