segunda-feira, 29 de abril de 2013

Quem são os loucos?



Somos pessoas que temos desejo de fazer o certo e o melhor, poucos são os corajosos a falar abertamente de suas vontades e seus quereres, geralmente esses são artistas, políticos, pessoas bem-sucedidas em quaisquer carreiras que tenham escolhido. Não são pessoas sãs, nem muito fáceis de conviver. Pelo pouco que conheço dos expoentes em suas áreas todos têm muita dedicação ao seu ofício, ou atividade, são profundos conhecedores do campo em que atuam e acima de tudo amam de coração estar ali. Mas a que custo? A custo de relacionamentos pessoais? A custo do amor de um outro ser? Ou sua capacidade de se focar exclusivamente naquilo que ama a cega para outros campos do existir? Não sei exatamente como responder, pois percebo que essas pessoas tem um traço meio doente, algo fora do lugar. Os grandes líderes não eram bons maridos, nem eram socialmente o perfil esperado de uma pessoa, eram destoantes. Isso é virtude ou vício? Depende. Depende de que então? O modelo social vivido hoje é doente, nos prende no trânsito, nos cobra fidelidade e competência em empresas incapazes de reconhecer nosso talento, somos forçados a estar sempre atualizados com tecnologia, notícias e tudo o mais, prega um estilo de vida que nos absorve sem piedade e nos joga dentro de um turbilhão de emoções e incertezas capazes de tirar a sanidade de qualquer um. Então como definir se um novo Luther King ou Jimi Hendrix é um modelo ou atestado de insanidade? Foco é fundamental, porém entregar-se cegamente a algo é saudável? Qual o preço a pagar por seguir nossos sonhos? Estaremos sós no topo? Ou acharemos outro deslocado como nós?

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