Estava conversando com um amigo
meu que entrou na loucura de ser professor pelo resto da vida e entre os
comentários eis que ele me solta essa pérola: um amigo meu, professor de
português passou na sala dele de terceiro ano um texto com sete páginas e deu
duas semanas para os alunos lerem, um dos meninos levantou e disse com todo o
espanto do mundo, “Professor, o senhor é louco? Como é que passa SETE PÁGINAS
pra gente ler e dá só DUAS SEMANAS? Isso não é possível, sem condições!”.
Talvez você tenha ficado tão surpreso quanto eu, se não ficou é porque achou
muito três linhas para continuar lendo e nem aqui está mais. O grande fato é
como está comum lermos cada vez menos, a forma como a nova geração lê não tem
paciência para ir um pouco mais além no texto, os poucos que têm esse desejo
são aqueles destacados dentro das salas de aula, dentro de suas empresas,
dentro até dos círculos sociais que frequenta. Mas existe um problema
recorrente em pessoas bem informadas, elas não são muito pacientes com os mais
“ignorantes”, menos instruídos e isso é um erro tão grande quanto não ter
informação, ou você acha que poderia se dar ao luxo de passar o dia lendo se
não houvesse alguém “menos instruído” fazendo o trabalho que você não quer
fazer? Reclamo aqui da preguiça, aparentemente, generalizada da nova geração,
mas tomo cuidado ao afirmar isso dos novos seres que herdarão o futuro(se
houver), pelo fato das gerações antigas terem sido prolíficas em gerar pessoas
sem nenhum interesse pela informação e com toda a preguiça do mundo para buscar
mudanças através do conhecimento. Então a pergunta que deixo é a mesma feita a
mim mesmo todos os dias: Essa preguiça de se informar é algo típico da nova
geração ou sempre existiu, respeitando as proporções, esse tipo de gente?
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